Sempre que penso de quando despertou em mim o desejo de ser mãe, me vêm o sentimento de que desde sempre isso fazia parte de mim. Quando era pequena com as bonecas pensava e sonhava em ter filhos, tudo que se referia a maternidade me chamava a atenção. Foi nessa época também que meu amor por Nossa Senhora nasceu.
Hoje tenho uma família linda, seis filhos que foram muito desejados e que são uma escola para mim e meu marido, nos exercitam nas virtudes. Não é fácil, a rotina exige bastante, mas quando se faz por amor e com amor tudo fica mais leve e as dificuldades que aparecem são superadas.
Minha experiência de mãe consigo resumir em três palavras: amor, esperança e providência.
Amor, porquê a cada nascimento se experimenta de um amor que não cabe no peito e a cada nova chegada se percebe que o amor não tem fim, ele se alimenta e cresce em si mesmo, assim como o amor de Deus.
Esperança, pois é necessário esperar em Deus. Não conseguimos suprir tudo o que nossos filhos necessitam (os proteger de tudo o que é ruim), precisamos esperar que a graça que tudo alcança os preserve.
Divina Providência que também nos assiste incansavelmente. O mundo coloca que se deve fazer o enxoval e comprar quartinho de bebê, porém, em nenhum dos nossos filhos nós fizemos, sempre ganhamos tudo de maneira muito generosa.
Nunca faltou nada e Deus foi sempre muito generoso.
Como mãe, quando estamos grávidas queremos arrumar o ninho, preparar as coisas do bebê para aquela chegada. E Deus sempre providenciou! Desde o tempo em que vivemos a experiência na pertença de vida até quando viramos aliança, a Providência sempre nos assistiu nesse sentido.
Uma experiência com a Providência de Deus que nos alcança em tudo, não só materialmente, como a Providência das coisas interiores, de cura, de processos. Minha mãe é falecida não a tive presente nas gestações. Essa falta de não ter a mãe para partilhar tudo que a gente, como mãe, gostaria de experimentar junto com a nossa.
Nas gestações a presença de Maria era muito grande e palpável. Deus providenciava esse cuidado de mãe pelas mãos de Nossa Senhora e em todas elas eu sentia a presença dela e isso me supria a necessidade de mãe.
Caminhar com a Comunidade, como filha da Cruz, me faz querer viver mais intensamente a santidade do dia.
A gente sabe que não é fácil e eu não quero ser uma mãe perfeita, mas quero ser a mãe que está no coração de Deus. Assim como eu quero ser a consagrada que está no coração de Deus, fazer a vontade do Senhor na vocação que Ele me chamou.
Então as dificuldades que aparecem e as intempéries do dia que vão acontecendo, com a graça de Deus, a força do carisma que nos auxilia e que nos dá um suporte, nós vamos superando. Nesse tempo de matrimônio, que são 18 anos, e nessa experiência de mãe, o que me tem sustentado é a graça de Deus.