Para entender qual é a importância do Amor Apaixonado na vida de um Filho da Cruz basta saber que sem ele não existe um verdadeiro Filho da Cruz, ou seja, para ser Filho da Cruz é necessário, ou melhor, é vital o Amor Apaixonado.
Vital segundo o dicionário é aquilo que mantém a vida. Trazendo esta definição para a realidade do carisma significa o que mantém vivo o carisma no coração de um Filho da Cruz. É uma força que o sustenta no ser Filho da Cruz, que o move e capacita a fazer os mais árduos sacrifícios para cumprir o seu voto a Deus.
Sem estar nutrido com este amor, como será possível corresponder a tudo que Deus pedirá dentro da vivência do carisma? Como suportar o martírio diário? Como ir além? Como se lançar em mares nunca antes navegados? Como abrir mão de tudo? Como impor violência a si mesmo, dizendo sempre não a própria vontade? Como viver o aniquilamento? Como amar como Jesus ama, e o que Ele ama? Como acontecerá a substituição no coração dos valores mundanos por celestiais? Como ter como única meta o consumir-se e o gastar-se no Senhor e pelo Senhor? Como atingir o ponto que atingiu Santa Gema Galgani, quando na sua última doença estando acamada, sendo cuidada por enfermeiras ouvia dizer por alguém movido por compaixão: “Pobrezinha não pode mais”. Sim respondia ela depressa: “Ainda posso um pouquinho!”?
Tudo para um Filho da Cruz nasce, cresce e se encerra no Amor Apaixonado.
Ele é o epicentro de toda a graça do carisma. Sua vida gira em torno do Amor Apaixonado. É de onde emana a força para ser um Filho da Cruz.
Paulo no seu hino ao amor (1Cor 13) afirma que é o amor que dá sentido a todas as coisas na vida do cristão. O que dá sentido então a um Filho da Cruz é também o amor, o Amor Apaixonado.
Quando Deus elegeu um Filho da Cruz ascendeu a chama do carisma no seu coração. O Amor Apaixonado alimentará por toda sua vida esta chama, fazendo-a crepitar. Se o Amor Apaixonado arrefecer, esta chama também arrefecerá, podendo chegar ao ponto de extinguir-se tornando o eleito(a) inerte.
Portanto, o Amor Apaixonado mantém vivo e em movimento o Filho da Cruz.
Diácono Mário Antônio Caterina