Na minha juventude, ainda solteira, sempre rezei e pedi a Deus que me desse um marido que fosse além de um bom esposo. Fosse um bom pai para os filhos que Deus nos confiasse.
Ele, confiou a mim muito mais do que poderia imaginar. O Joel e eu somos casados há 11 anos e temos um filho, o Antônio, de 8 anos.
Nesses anos de convivência o Senhor fez muito em nossas vidas. Como toda família, viemos de criações e costumes diferentes, cada um com suas marcas, feridas e traumas. Mas podemos contemplar todas as vezes que o Senhor estendeu Sua mão sobre nós e nossa história e nos curou, restaurou e amadureceu.
Quando temos um filho, não recebemos um manual de instrução. Entretanto, sentimos a insegurança de como ser e fazer o melhor por eles. Para as mães a maternidade é mais natural, pois a mulher carrega nove meses em seu ventre a criança e desde já vai criando laços. Mas o pai, tem a experiência de “cair a ficha” quando pega no colo, quando começa a ajudar nas tarefas diárias.
Esse é um momento lindo e desafiador ao mesmo tempo.
O pai na família tem um papel de suma importância. Além de ser o provedor, aquele que vai trazer a firmeza, o apoio, a segurança a sua família, ele ajuda na formação de caráter. Ajuda os filhos a serem pessoas fortes e seguras.
Hoje em dia, vemos muitos pais que não tem tempo para dispor com seus filhos. Pais que não sabem brincar ou conversar, talvez pela criação que receberam, não sabem demonstrar seu afeto ou acham que ao demonstrar suas emoções possam perder sua autoridade.
Mas temos experimentado aqui em casa o quanto a ação de Deus e do carisma podem transformar a nossa história e isso é muito claro na historia do Joel como pai.
O Joel teve e tem muitas marcas paternas, mas permitiu e tem permitido ressignificar tudo isso na sua relação com o Antônio. Conseguiu organizar sua rotina, onde vive bem sua consagração, trabalho, família e lazer. É lindo ver o quanto ele vive no equilíbrio a sua paternidade, sendo firme quando necessário, contando boas histórias para o Antônio, dispensando um tempo diário para estar na presença dele.
O Joel não parou nos seus traumas, mas quis fazer diferente, ser presente na vida do filho. Esses dias fiquei feliz ao ouvir o Antônio dizer que, quando tivesse uma família iria fazer as mesmas coisas que o Joel faz com ele, porque ele o ama e admira.
O Joel se tornou uma referência para o Antônio.
Acredito que ser presente na vida dos filhos vai além de presença física. Mas é se dar com liberdade a uma relação, com amor e zelo, como disse antes não é uma tarefa fácil, mas com a o auxílio da graça tudo se torna mais leve.
Que a exemplo de São José os pais possam se doar a sua família com amor e dedicação!
Com amor fraterno,
Eliege Cristiane Gonçalves
Consagrada Pertença de Aliança