Deus institui o Decálogo, os Dez Mandamentos, as “Dez Palavras”, no monte sagrado chamado Sinai, a um homem chamado Moisés. Ele o escolheu para ser o profeta que levasse a esperança de uma vida nova ao Povo hebreu, escravo no Egito, conduzindo-os a terra prometida.
Deus entregou em suas mãos as tábuas da lei, onde se encontra a “Carta Magna” da moralidade cristã, onde o próprio Deus escreveu “com seu dedo”. Nos Mandamentos se resumem toda a Lei de Deus e são fixadas as cláusulas da aliança entre Deus e seu Povo.
Eles se encontram revelados no Livro do Êxodo (cf. Ex 20,1-17) e no Livro do Deuteronômio (cf. Dt 5,6-22). O Decálogo começa com o nosso dever primeiro de prestar um verdadeiro culto a Deus. Jesus sintetizou o dever do homem para com Deus com essas palavras: “Amar o Senhor teu Deus, de todo teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento” (cf. Mt 22,37).
“Escuta, Israel, o Senhor nosso Deus é único”
Jesus faz ecoar a oração solene do Antigo Testamento, o Shemá: “Escuta, Israel, o Senhor nosso Deus é único” (cf. Dt 6,4-5). Prestar um culto de amor a Deus é entender que nosso amor é fruto do amor de Deus por nós. Esse amor merece uma resposta, que é primeiro ato da virtude da religião, a adoração, reconhecer que Deus é meu criador e que sou criatura.
É submissão absoluta, onde liberta o homem do fechamento do egoísmo, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo. Santo Tomás de Aquino diz: “As coisas que amamos nos dizem o que somos”.
Adorando a Deus, o homem coloca Deus em primeiro lugar sobre todas as coisas que faz: comer, repousar, trabalhar e tudo será feito sob o olhar do amor de Deus.
Padre Lizandro Goulart
Consagrado Pertença de Aliança