Ao responder essa pergunta, podemos olhar para nossa boa mãe Maria. Ela foi de suma importância na vida de Jesus, uma presença discreta, amorosa, que educou, cuidou e cumpriu a vontade de Deus em sua maternidade.
A maternidade é um grande dom de Deus, e é Ele que nos dá a graça e a sabedoria para conduzir nossos filhos à Sua vontade. Assim como o pai tem um papel fundamental na vida dos filhos, a mãe é aquela que normalmente passa mais tempo com eles, e por isso seu papel é indispensável.
Muito do que somos hoje é reflexo do relacionamento com nossa mãe, a relação entre mãe e filho vai formando nossa afetividade. É na presença da mãe que aprendemos a amar, perdoar, ter empatia.
Como mãe vamos acompanhando o desenvolvimento de nossos filhos e com isso precisamos estar atentas a formar nas virtudes, na busca pelo céu. São Pio X nos fala:
“Dá-me mãe verdadeiramente cristã e eu lhe darei santos.”
Com certeza, muitos de nós temos marcas, traumas ou feridas abertas no relacionamento com a mãe. Na comunidade Filhos da Cruz, temos algumas formações e orações de cura sobre o relacionamento materno e paterno, pois entendemos o quanto essas marcas podem prejudicar nossos relacionamentos, com Deus e com o próximo. E já presenciamos momentos lindos de restauração e perdão na vida de muitos irmãos.
E quando temos a experiência da maternidade, percebemos que, mesmo tentando acertar sempre, erramos e erramos muito, porque também estamos num processo de amadurecimento.
Mas o filho nos traz a leveza do amor, de amar sem esperar nada em troca, de amar além dos erros, de se gastar, de recomeçar a cada dia.
Precisamos entender a necessidade de muitas mulheres ao trabalhar fora para ajudar seu esposo no sustento da casa, cada família tem sua realidade. Mas lembro de quando depois de muito tempo no mercado de trabalho, decidi ficar em casa para cuidar do meu filho, da minha casa e do meu esposo de forma integral. Lembro como se fosse hoje a carinha do Antônio agradecendo e dizendo que era um dos dias mais felizes da vida dele.
Por muito tempo sonhei com esse momento, quando ele nasceu eu fiquei doente, fiquei dois meses distante, internada no hospital. Quando tive alta não podia pegá-lo, foi um tempo de muita dor, mas de muito crescimento na fé. Por causa desse distanciamento o Antônio se tornou uma criança tímida, introvertida, insegura.
Por esse motivo sentia a necessidade de ficar mais próxima do Antônio, via quantas marcas ficou daquele tempo e o quanto precisava estar perto para que Deus pudesse realizar a sua obra.
E hoje colhemos os frutos, o Antônio tem se tornado um menino forte, alegre e cheio de Deus.
E com esse pequeno testemunho posso dizer que é muito importante a presença da mãe na vida dos filhos, para que se tornem homens e mulheres cheios do Espírito Santo e que possam ser sal na terra e luz em um mundo tão necessitado da presença de Deus.
Que Nossa Senhora interceda por cada mãe, para que possamos em tudo levar nossos filhos ao coração de Deus!
Com amor fraterno,
Eliege Cristiane Gonçalves
Consagrada Pertença de Aliança