“Lembra-te do dia de sábado para santificá-lo. O sétimo dia, porém, é o sábado do Senhor teu Deus. Não farás nenhum trabalho”. (cf. Ex 20,8-10)
O terceiro mandamento da Lei de Deus se refere, primeiramente, a santificação do sábado. Para o judaísmo, o sábado é um dia sagrado, dia de repouso e de honra ao Senhor (cf. Ex 31,15). É o dia conhecido como o Shabat, o dia do descanso semanal do judaísmo, pois lembra o sétimo dia da criação.
Esse dia faz memória da criação: “Porque em seis dias o Senhor fez o céu e a terra, mar e tudo o que eles contêm, mas repousou no sétimo dia” (cf. Ex 20,11). Em algumas vezes, Jesus é acusado de violar o dia de sábado, frente a seus milagres e obras: “O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” (cf. Mc 2,27). Jesus nunca profanou o sábado, pois o Filho do Homem é senhor até do sábado (cf. Mc 2,28).
Ao falar de Jesus, nasce o Dia do Senhor, o Dia da Ressureição, o Dia da Nova Criação. Jesus ressuscitou dos mortos no primeiro dia da semana (cf. Mt 28,1). Em relação ao sábado que é o sétimo dia, portanto, o domingo é o primeiro dia, o dia da nova criação, inaugurada com a ressurreição de Cristo. Assim testemunha os mártires de Abitene (Século IV):
“Sem o domingo não conseguimos viver”.
O dia por excelência do católico é o domingo, a Eucaristia dominical, e carrega em si uma obrigação de mandamento: “Satisfaz ao preceito de participar da missa quem assiste a missa celebrada segundo o rito católico no próprio dia de festa ou á tarde do dia anterior” (cf. CIC, cânon 1248).
Também deve se observar as festas de guarda prescritas no Código de Direito Canônico e na Liturgia da Igreja. Por fim, São João Paulo II, na sua Carta Apostólica Dies Domini, sobre a Santificação do Domingo, citando São Basílio Magno: “O domingo é o prenúncio incessante da vida sem fim, que reanima a esperança dos cristãos e os estimula no seu caminho.” Ele orienta para a meta da vida eterna.
Padre Lizandro Goulart
Consagrado Aliança