O segundo mandamento da lei de Deus manda respeitar o nome do Senhor. Ele pertence ao primeiro mandamento e está no âmbito da virtude da religião e regula particularmente o uso que fazemos da palavra nas coisas santas. Deus revelou a Moisés no Monte Sinai: “Não pronunciarás em vão o nome do Senhor teu Deus” (cf. Ex 20,7).
A revelação do nome de Deus se refere aqueles que creem nele e são escolhidos para uma missão específica. A revelação do seu nome requer confiança e intimidade.
O nome do Senhor é Santo.
Cantamos na liturgia da Igreja que Deus é três vezes Santo: “Bendito seja o nome do Senhor, desde agora e para sempre” (cf. Sl 113,2). Entendendo que o nome do Senhor é Santo, o homem é prudente em não abusar de seu nome e não fará outra coisa senão louvar e glorificar seu nome. Glorificar o nome do Senhor é entrar no sentido do sagrado que esse nome comporta.
Santo Irineu de Lyon diz que “a glória de Deus é o homem vivo” e, portanto, a vida do homem é glória para o Criador e sua resposta frente a sua própria criação é honrar seu santo nome. O homem também testemunha o nome do Senhor com a confissão de fé. Professa sua fé pelo conhecimento da sã doutrina e pela pregação, sempre pautados no respeito pelo nome do Senhor.
O cuidado que se tem pelo nome do Senhor também se estende para Jesus Cristo, a Virgem Maria e para os Santos. São Cirilo de Jerusalém (Século IV) diz: “Não nos envergonhemos de professar o Crucificado”. Não usemos o nome de Deus em vão: “Não dar aos cães o que é sagrado e nem atirar pérolas aos porcos” (cf. Mt 7,6). Portanto, o nome Santo de Deus deve ser adorado e respeitado.
Termino com uma frase de Santo Agostinho: “O nome de Deus é grande lá onde for pronunciado com o respeito devido á sua grandeza e á sua majestade. O nome de Deus é santo lá onde for proferido com veneração e com temor de ofendê-lo”.
Padre Lizandro Goulart
Pertença de Aliança