Jesus quando falava do jejum disse: “Quando jejuardes…” (Mt 6,17), significando que o jejum para todo fiel não é opcional. É uma prática necessária que traz consigo grandes benefícios espirituais, e que segundo as Escrituras tem comprovada eficácia.
Para alguém que trilha o caminho da santidade, que depende da ascese, que precisa viver o amor apaixonado, o martírio diário e a intimidade divina, como um Filho da Cruz, o jejum será uma potente arma que o auxiliará em suas lutas diárias.
O Filho da Cruz que tem como um dos pilares do seu carisma o martírio diário, o tomar a cruz e seguir Jesus, o ser macerado para exalar o bom perfume de Cristo, através do jejum estará unido a Paixão Cristo, que foi preso, torturado, flagelado, coroado de espinhos, condenado à morte, crucificado e morto. Nele encontrará forças no que empreende.
O seu itinerário passa por uma constante experiência de renúncia, sobretudo, uma renúncia da própria vontade.
O jejum lhe possibilitará uma escolha mais perfeita e plena, e o fará descobrir que não é mais senhor de si mesmo. Assim sendo, ele torna-se livre podendo viver os valores superiores além de torná-lo cada vez mais dependente de Deus.
O jejum lhe propiciará uma maior intimidade e melhorará sua relação com Deus, melhorando desta maneira a sua comunhão com Ele. O jejum vai gerar no Filho da Cruz oração, portanto, o levará a estar mais aos pés de Jesus e a sua oração terá maior eficácia. O Filho da Cruz será mais sensível a Deus e melhorará o seu discernimento.
Outra dimensão presente na vida de um Filho da Cruz onde o jejum pode operar é no seu chamado a viver uma vida virtuosa. Aqui o jejum o estimulará e o fortalecerá para consolidá-la.
Concluindo, o jejum contribui enormemente na consagração total da vida de um Filho da Cruz a Deus, tornando sólida sua fidelidade a Deus. O jejum contribui para que o Filho da Cruz seja de fato um consagrado Filho da Cruz.
Diácono Mário Antonio Caterina